sexta-feira, 20 de maio de 2016

Estrutura interna da Terra

*      Métodos para o estudo do interior da Terra

*      A Terra apresenta um raio médio de aproximadamente, 6380 quilómetros, mas as sondagens mais profundas realizadas pelo engenho humano só chegaram a 12 quilómetros. Felizmente, o estudo da “radiografia” sísmica, assim como o estudo dos vulcões trouxeram algum conhecimento sobre o interior da Terra.

*      Para estudar o interior da Terra, podemos recorrer a métodos diretos, ou métodos indiretos.

*      Os métodos diretos baseiam-se em:
1.    Materiais expelidos pelos vulcões- Ao estudar os materiais expelidos pelos vulcões, conseguimos várias informações sobre o estado físico, temperatura, composição ou mobilidade dos magmas que ascendem, por vezes, de zonas profundas do interior da Terra.

2.    Afloramentos rochosos- Devido ao dinamismo interno da Terra, podem surgir à superfície rochas formadas a grande profundidade, permitindo determinar, por exemplo, as condições de pressão e de temperatura em que foram formadas ou alteradas.

3.    Minas, grutas e sondagens- As perfurações da crusta continental ou crusta oceânica permitem obter amostras de materiais que se encontram a profundidades até 12 quilómetros. A descida em grutas ou a exploração de minas permite o estudo, no local, das condições existentes em profundidades até 7 quilómetros.
*      Os métodos indiretos baseiam-se em:
1.    Ondas sísmicas- O comportamento das ondas sísmicas varia em função das características dos materiais que atravessam, à medida que se propagam a diferentes profundidades. Adquirem, por exemplo, maior velocidade em meios rígidos.

2.    Astrologia- Assumindo uma origem comum para a terra e para os restantes corpos do Sistema Solar, onde se incluem os meteoritos, o estudo da composição química e da sua estrutura fornece dados importantes para o conhecimento da interior da Terra.

3.    Magnetismo terrestre- A Terra funciona como um gigantesco íman, responsável, por exemplo, pela atração das agulhas magnéticas das bússolas. Segundo os cientistas, este fenómeno terá origem no centro do planeta e fornece pistas sobre a sua estrutura e composição. 
 Ondas sísmicas
 Astrogeologia

 Magnetismo terrestre

Modelos da estrutura interna da Terra
*      A recolha e análise dos dados obtidos por métodos diretos e indiretos conduziram a dois modelos da estrutura interna da Terra, um baseado nas propriedades físicas dos materiais e outro baseado na sua composição química. Ambos os modelos defendem uma estrutura organizada em camadas concêntricas.

*      Modelo químico- Defende a existência, no centro do planeta, de um núcleo metálico de ferro e níquel. O núcleo está envolvido pelo manto, uma camada rica em ferro e magnésio que se estende até à base da crusta terrestre. O manto apresenta, na sua parte mais superior, rochas designadas por peridotitos. A crusta terrestre é a camada mais fina de todas e tem uma espessura variável. Na crusta continental, rica em silício e alumínio, dominam as rochas graníticas. Já na crusta oceânica, rica em silício e magnésio, dominam os basaltos.

*      Modelo físico- Segundo este modelo, no centro do planeta está a endosfera, constituída, internamente, por materiais sólidos e rígidos e, externamente, por materiais em fusão. Estas duas zonas também são conhecidas, respetivamente, por núcleo interno e por núcleo esterno. Envolvendo a endosfera encontra-se a mesosfera, formada por materiais rígidos. Segue-se a astenosfera, constituída globalmente por materiais sólidos de baixa rigidez, com comportamento plástico e deformável. Sobre esta camada encontra-se a litosfera, formada por sólidos e rígidos.


*      Curiosidade:

1.    Os cientistas estão convictos de que o interior da Terra ainda encerra muitos mistérios por descobrir, pelo que os modelos atualmente aceites podem vir a ser modificados o futuro, com o avanço do conhecimento científico. Por exemplo, estudos recentes apontam para a existência de uma camada, com características distintas, entre o manto e o núcleo – a camada D”.