sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ocorrência de falhas e dobras





Falhas- Resultam de forças compressivas ou de forças distensivas, sobre rochas com comportamento frágil.


As falhas podem ser:





http://goo.gl/XkvFhV



Dobras- Resultam de forças compressivas, sobre rochas com comportamento dúctil.

http://goo.gl/vrbH7N

sábado, 9 de janeiro de 2016

Estrutura e dinâmica interna da Terra

Fundamentos da estrutura e dinâmica da Terra:

   A teoria da deriva dos continentes

     Quando olhamos com atenção para o modelo do globo terrestre ou para um planisfério, podemos verificar nas formas dos continentes e como alguns parecem encaixar noutros como peças de um puzzle gigante. Durante séculos, esta observação intrigou os cientistas que, mesmo nos mapas mais rudimentares, perceberam a concordância geométrica das linhas de costa da Europa e da África com as linhas de costa das Américas do Norte e do Sul.

v  Em 1912, Alfred Wegener (1880-1930), um meteorologista alemão, apresentou uma teoria para explicar a intrigante concordância entre as formas de alguns continentes. Segundo ele, os continentes teriam estado unidos no passado, numa única massa continental, e ter-se-iam separado lentamente até às posições de hoje. Wegener chamou Pangeia a esse supercontinente e Pantalasa ao único oceano á sua volta, que terão existido há cerca de 240 milhões de anos.

  Esta ideia foi, mais tarde, completada por Alexander du Toit, que postulou a separação da Pangeia em duas grandes massas continentais: a Laurásia, a norte, e a Gondwana, a sul. Estas duas grandes massas terão dado origem, por fragmentação, aos continentes atuais.





 Faces do planeta Terra há 240 M.a.






Mobilidade dos continentes – argumentos
    1-        Argumentos paleontológicos

v  Nos fósseis, Wegener encontrou um dos mais fortes argumentos a favor da deriva dos continentes. De facto, há plantas e animais já extintos cujos fósseis se encontram distribuídos por diferentes continentes que, atualmente, estão separados por muitos milhares de quilómetros de oceano. Algumas dessas espécies estão adaptadas a ambientes terrestres ou de água doce e nunca poderiam ter nadado ou viajado pelos oceanos de um continente para o outro.











2.    Argumentos paleoclimáticos

v  Os dados recolhidos por Wegener sobre o clima a que os atuais continentes estiveram sujeitos no passado fortaleceram a sua teoria da deriva dos continentes. Com efeito, foram descobertos indícios geológicos de glaciares antigos, característicos de climas muito frios, atualmente em zonas tropicais, com climas quentes, como África do sul, América do sul, a Índia e a Austrália. Regiões como a Gronelândia ou a Antártida, atualmente muito frias tinham á 430M.a. um clima tropical, com florestas luxuriantes, como atestam os extensos depósitos de carvão descobertos pelos geólogos.


Clima tropical-cor verde Glaciares- cor branca   
 Clima desértico- cor castanha




2.    Argumentos litológicos

v  Wegener salientou que algumas cadeias montanhosas da África do sul e da América do sul pareciam bruscamente interrompidas. No entanto, se fosse possível aproximar os bordos dos dois continentes, essas cadeia montanhosas revelariam uma continuidade. Com tudo, a evidência mais forte consiste na sequência e conteúdo de estratos sedimentares, que é semelhante em rochas da Índia, de África, da Austrália, da Antártida e da América do sul. Estas rochas representam uma idade entre 300 e 135 M.a. e resultaram de processos de formação comuns, que terão ocorrido na Gondwana.


2.  Argumentos morfológicos

    Wegener verificou uma grande semelhança na configuração das costas atlânticas da América do sul e de africa e constatou que os dois continentes poderiam encaixar como peças de um puzzle gigante. Essa linha de junção seria, afinal, a linha de separação das duas massas continentais a partir de supercontinente Gondwana.
















Expansão dos fundos oceânicos
v  Só a partir de 1960, com avanços científicos e tecnológicos em diferentes áreas, foi possível perceber o mecanismo que explica a deriva dos continentes e reconhecer o mérito do trabalho de Alfred Wegener, iniciado cerca de 50 anos antes.

v  Foram identificados locais de formação da crusta oceânica cujas rochas constituem os fundos marinhos, a partir de magmas que ascendem do interior da Terra. Também foram descobertos locais onde a crusta oceânica é destruída ou deformada. Os primeiros estão associados a cadeias montanhosas submarinas, as dorsais oceânicas; os segundos estão associados a fossas oceânicas.


v  O estudo dos fundos oceânicos permitiu conhecer o seu relevo e constatar que as rochas que os constituem movimentam-se de forma lenta mas continuada.

v  A hipótese da expansão dos fundos oceânicos foi formulada por Harry Hess e Robert Dietz, na década de 60 do século XX.